Dia 16 de agosto dia de Omolú/Obaluaiê
A data é escolhida a partir do sincretismo religioso entre Omolú/Obaluaiê com São Roque, santo católico comemorado em 16 de agosto.
Vestido com palha da costa e com contas nas cores vermelha, preta e branca, Omolú dança o opanijé, dança ritual marcada pelo ritmo lento com pausas, enquanto segura em suas mãos o xaxará, instrumento ritual também feito de palha-da-costa e recoberto de búzios.
Em alguns momentos da dança, Omolú espanta os eguns, (espíritos dos mortos) e afasta as doenças, com movimentos rituais
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Sincretismo Religioso
A sua popularidade, devido à intercessão contra a peste, é grande sendo protetor de múltiplas comunidades em todo o mundo católico e padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais e dos seus produtos e aos cães.Omolú/Obaluaiê foi sincretizado com São Roque, que é um santo da Igreja Católica , protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões.
A sua festa celebra-se a 16 de Agosto.
Pontos de Omolu
Festa de Omolú/Obaluaiê
Olubajé
Nessa festividade, todos os orixás participam, com exceção deXangô e principalmente Ossaim, Oxumarê, Nanã, que são de sua família. Iansã tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.O Olubajé é a festa anual em homenagem a Obaluaiê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os orixás para se acertarem com Obaluaiê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangôpor sua maneira de dançar.
Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluaiê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada “Ewe Ilará” conhecida popularmente como mamona assassina, altamente venenosa simbolizando a Morte (iku).
Opanijé
Opanijé, no candomblé é um toque sagrado, entoado para o orixá Obaluaiê, Omolu geralmente tocado para a divisão da comida ritual chamada Olubajé, quando todos em silencio recebem sua porção, e os crentes aproveitam este momento para pedir saúde e longevidade. O orixa dança numa representação simbólica, mostrando sua ligação com os mortos (Ikú) e o seu domínio sobre a terra.A origem da palavra é a língua yorubá, onde significa “aceitar comer” (opa – aceita), (nijé – comer). Sua dança o orixá dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitam seu sofrimento, coceiras e tremores de febre.
Dia de Omolú e características dos filhos
Uma das características mais marcantes dos filhos de Omolú/Obaluaiê é que seus eles parecem ter mais idade do que realmente têm por conta da entidade ser mais velha e agem como se tivessem uma idade bastante avançada.O dia da semana consagrado a Omolú/Obaluaiê é segunda-feira, as cores são o preto e o amarelo, ou marrom escuro e amarelo e o vermelho. Sua saudação é Atotô!
Os filhos de Omolú/Obaluaiê são doces, mas reclamões, rabugentos, um tanto mal-humorados. Quando querem, fazem e ajudam a todos sem exceção.
Os filhos deste orixá sofrem com muitos problemas de saúde que se arrastam por anos, geralmente desde criança ou desde o nascimento. São fiéis, dedicados e amigos de verdade. Podem ter premonições e seus filhos tem um pensamento de pessoas maduras, o que os ajuda a não agirem como crianças, ou serem irresponsáveis. Gostam da ordem e disciplina.
Pipoca é a oferenda principal de Omolú/Obaluaiê
Os devotos de Omolú/Obaluaiê lhe atribuem curas milagrosas, realizando oferendas de pipocas, o deburu ou doburu, em sua homenagem ou jogando-as sobre o doente como descarrego.
Doburu é a comida ritual mais apreciada pelos orixás Obaluaiê e Omolú. É o milho de pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com óleo, em outros com areia. Nesse último caso, é preciso peneirar a areia dessa pipoca depois de pronta. Ao final, a pipoca é colocada em um alguidar (vasilha de barro) e enfeitada com pedacinhos de côco.
Lenda de Omolú/Obaluaiê
Doente e com o corpo coberto de feridas, Omolú retorna para aldeia onde nasceu e encontra todos os orixás em festa, mas envergonhado de seu aspecto não entra na festa e fica escondido observando os orixás. Ogum percebe que Omolú não veio dançar e compreende a razão, e resolve ir para o mato fazer um capuz de palha da costa para cobrir Omolú da cabeça aos pés.
Feito isto, Omolú entrou na festa, mas mesmo assim não dançava com os orixás. Foi quando Iansã se aproxima e com seu vento sopra a roupa de palha de Omolú e suas feridas pulam para o alto e se transformam numa chuva de pipoca e todos vêem Omolú como um rapaz bonito, sadio e brilhante como Sol.
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